2º Encontro Científico RBG

  O  2º Encontro Científico da Reserva Biológica Estadual de Guaratiba (RBG)  tem como objetivo geral debater a situação atual da RBG no toc...

PROJETO DE REFLORESTAMENTO DA FAZENDA MODELO, NO RIO DE JANEIRO, RJ

 

PROJETO DE REFLORESTAMENTO DA FAZENDA MODELO, NO RIO DE JANEIRO, RJ.

 Allan Sobral de Sena; Daniel Ceia Brandão; Luiz Ramos do Nascimento; Marcio Soares de Sant'anna; Maurício Habib dos Reis; Reginaldo dos Santos Pires; Vagner Luiz Rodrigues Gomes; Willians Alonso Cardoso.

Instituição: Reserva Biológica Estadual de Guaratiba (RBG/Inea)

E-mail: rbguaratiba@gmail.com


ACESSO AO PROJETO

 

Fotografia como ferramenta de monitoramento e registro de fauna na Reserva Biológica Estadual de Guaratiba


Fotografia como ferramenta de monitoramento e registro de fauna na Reserva Biológica Estadual de Guaratiba

 Allan Sobral de Sena; Daniel Ceia Brandão; Luiz Ramos do Nascimento; Marcio Soares de Sant'anna; Maurício Habib dos Reis; Reginaldo dos Santos Pires; Vagner Luiz Rodrigues Gomes; Willians Alonso Cardoso.

Instituição: Reserva Biológica Estadual de Guaratiba (RBG/Inea)

Resumo

Considera-se o monitoramento de fauna uma das atividades mais relevantes da Unidade de Conservação (UC), por permitir o desenvolvimento de um olhar aprofundado e analítico do ecossistema e sua biodiversidade, pela equipe de Guardas Parque (GPs) da Reserva Biológica Estadual de Guaratiba (RBG). O registro de fauna na UC pela equipe fornece um melhor suporte a atividades de pesquisadores, fotógrafos e outras instituições que possam vir a desenvolver trabalhos na RBG, além de abastecer de informações o banco de dados e o plano de manejo. A equipe da RBG no desempenho da função de monitoramento tem conseguido bons registros da fauna que habita o manguezal (aves, mamíferos, peixes, etc), e assim enriquecendo o banco de imagens da unidade e consequentemente, atraindo fotógrafos e pesquisadores para desenvolvimento de suas ações na UC. Por meio da fotografia podemos mensurar o impacto de certas atividades no âmbito da UC, orientar e executar medidas educacionais, para sanar ou minimizar problemas decorrentes de práticas que não estejam em conformidade com as normas da unidade.


Palavras-chave: Fotografia, Monitoramento de Fauna, Fotografia de Fauna.



Alguns registros feitos pela equipe de Monitoramento da RBG

Mapeamento de focos de incêndio e Notificações preventivas de Incêndio na Reserva Biológica Estadual de Guaratiba

 Mapeamento de focos de incêndio e Notificações preventivas de Incêndio na Reserva Biológica Estadual de Guaratiba.

Allan Sobral de Sena; Daniel Ceia Brandão; Luiz Ramos do Nascimento; Marcio Soares de Sant'anna; Maurício Habib dos Reis; Reginaldo dos Santos Pires; Vagner Luiz Rodrigues Gomes; Willians Alonso Cardoso.

Instituição: Reserva Biológica Estadual de Guaratiba (RBG/Inea) 

Resumo

Como a maioria das Unidades de Conservação (UC) Estaduais, a Reserva Biológica Estadual de Guaratiba (RBG) também sofre com incêndios florestais. Embora não haja um número relevante de propriedades no interior da UC, o fato de grande parte de seus limites fazerem divisa diretamente com o perímetro urbano, e a vegetação que predomina nesses limites ser o capim, faz da RBG uma unidade que está sempre com risco iminente de incêndio. Cercada por estradas com ciclovias, pedestres, ambulantes, grande incidência de queda de balões, prática religiosa e o crescente número de residências em sua zona de amortecimento, o trabalho na RBG exige que a equipe esteja sempre pronta para atuar em situações de combate ao incêndio florestal, independente da atividade ou período do ano. Tendo em vista essa vulnerabilidade, a equipe investe na prevenção como forma de combate, seja ele, incêndio intencional (renovação de pasto, “limpeza" de caminho) ou acidental (queima de lixo, velas, guimba de cigarros). A RBG entende que a educação e prevenção ao incêndio florestal é a maneira mais eficaz de diminuir significativamente o número de incêndios na região. Aproximadamente um ano a equipe de Agentes de Defesa Ambiental (ADA) vem fazendo um trabalho de mapeamento dos focos e intensificando o número de NPIs nos pontos de maior incidência, afim de conscientizar e consequentemente diminuir o número de ocorrências na UC.  Listamos algumas notificações aplicadas em áreas estratégicas, Hortos Florestais, lugares onde constatamos o uso do fogo em monitoramento além de áreas que foram passiveis de combate (imagens). Os incêndios na RBG, geralmente acontecem em áreas grandes de capinzal as margens da Av. das Américas ou Av. Roberto Burle Marx, áreas que eventualmente são usadas como pontos de descarte de resíduos ou pastagens.


Palavras-chave: Incêndios Florestais, Prevenção de Incêndios Florestais, Unidade de Conservação.


Mapeamento




Registro de Vistoria


Monitoramento de Fauna Atropelada

 

Monitoramento de Fauna Atropelada na Reserva Biológica Estadual de Guaratiba e seu entorno

Allan Sobral de Sena; Daniel Ceia Brandão; Luiz Ramos do Nascimento; Marcio Soares de Sant'anna; Maurício Habib dos Reis; Reginaldo dos Santos Pires; Vagner Luiz Rodrigues Gomes; Willians Alonso Cardoso.

Instituição: Reserva Biológica Estadual de Guaratiba (RBG/Inea)


Resumo:

O crescimento populacional e o turismo no entorno da Reserva Biológica Estadual de Guaratiba (RBG) têm impactado diretamente e quase sempre de forma negativa para o ecossistema de manguezal da região, seja com despejo de esgoto sem tratamento, turismo desordenado e um considerável aumento do fluxo de carros nas vias que margeiam a RBG, principalmente nas estações mais quentes. A equipe de Guarda Parques (GPs) da RBG além de fazer o monitoramento de fauna como de costume, incluiu também em sua rotina de trabalho o Monitoramento de Fauna Atropelada (MFA), de forma não sistemática, mas como algo a ser observado por toda equipe seja qual for a atividade em campo. Os dados obtidos ficam no arquivo da RBG disponíveis para consulta por pesquisadores e, quem sabe, posteriormente vir a ser tema de discussões, no sentido de melhorar de alguma forma o transito de animais nas vias que circundam a Unidade de Conservação (UC), seja com zoopassagem, educação ambiental, medidas de redução de velocidade (placas, lombadas, etc). A saída de campo específica para a MFA é realizada com equipe de, no mínimo, dois GPs, munidos de câmera fotográfica e GPS. O deslocamento se dá com viatura, mantendo a velocidade constante de aproximadamente 40km/h, ao longo da Estrada da Matriz até o fim, sentido recreio, voltando pela Av. das Américas, sentido Campo grande, até a estação Magarça do BRT. O Retorno  ocorre pela mesma Av. até a bifurcação para a Barra de Guaratiba, seguindo pela Av. Roberto Burle Marx até a praia e retornando pra sede pelas vias, Roberto burle Marx/Estrada da Matriz. Dessa forma, conseguimos cobrir os dois lados e sentidos das vias. Ao encontrar algum animal, a equipe desembarca e tomando as devidas medidas de segurança, um GP sinaliza e orienta o transito enquanto o outro GP coleta as informações para relatório (pontos de GPS, fotografia do animal atropelado juntamente com a Via, nos dois sentidos e as laterais) e também, se necessário, remover o animal para que não haja atropelamento dos animais que se alimentam de carniça.


Palavras-chaves: Monitoramento, Fauna, Fauna Atropelada.




ESTUDO SOBRE O QUANTITATIVO, DISTRIBUIÇÃO E USO DOS RECURSOS NATURAIS DA POPULAÇÃO TRADICIONAL DE PESCADORES E CATADORES DE CRUSTÁCEOS E MOLUSCOS NAS COMUNIDADES DE ARAÇATIBA E ITAPUCA BEM COMO SUAS RELAÇÕES COM A UNIDADE DE CONSERVAÇÃO DA RESERVA BIOLÓGICA DE GUARATIBA.

ESTUDO SOBRE O QUANTITATIVO, DISTRIBUIÇÃO E USO DOS RECURSOS NATURAIS DA POPULAÇÃO TRADICIONAL DE PESCADORES E CATADORES DE CRUSTÁCEOS E MOLUSCOS NAS COMUNIDADES DE ARAÇATIBA E ITAPUCA BEM COMO SUAS RELAÇÕES COM A UNIDADE DE CONSERVAÇÃO DA RESERVA BIOLÓGICA DE GUARATIBA.

Kátia Isabel Louzada Tostes
Universidade Estadual do Rio de Janeiro – Programa de Pós-Graduação em Geografia
E-mail: katiaisabel2@yahoo.com.br

Resumo

Este é um projeto para dissertação do Mestrado em Geografia realizado na UERJ.A pesquisa diz respeito ao quantitativo de população tradicional no recorte espacial de Itapuca e Araçatiba e as relações espaciais desta população com a Reserva Biológica de Guaratiba, aqui chamada RBG, e zona de amortecimento. Como hipótese é possível colocar que há uma população tradicional nestas comunidades e sua subsistência depende destes recursos naturais. O recorte temporal é de 50 anos. Como objetivo geral pretende-se mapear e obter o quantitativo da População Tradicional de pescadores e catadores de Barra de Guaratiba, nas comunidades de Araçatiba e Itapuca. Os objetivos específicos são estudar o modo de vida desta população e sua interação com a RBG, e  as consequências para esta população de acordo com a proposta do Plano de Ocupação para a Região Administrativa V da Prefeitura do Rio de Janeiro. A pesquisa pretende adotar como metodologia, estudos de obras de autores especialistas na área como Eduardo Marandola, Rogério Haesbaert, Rinaldo Arrruda e outros; conversas informais com a população tradicional e outros moradores; entrevistas e questionários abertos com os diversos atores sociais; pesquisa de levantamento de dados nos órgãos competentes e pesquisa de campo com elaboração de mapa participativo da década de 1970  com a população tradicional e outro mapa em recorte espacial atual feito com geoprocessamento.  Como hipótese é possível colocar que há uma população tradicional nas comunidades de referência que dependem dos recursos naturais da RBG e zona de amortecimento. Os resultados preliminares apontam que o manguezal é um local de sustento de muitos indivíduos, sobretudo da população tradicional, servindo como berçário natural de muitas espécies animais e ponto migratório de aves. Mas não há ainda resultados objetivos para o mapeamento de distribuição e o quantitativo desta população, bem como sua interação e modo de vida que indiquem ou não a preocupação com a sustentabilidade de suas práticas para com este importante ecossistema.  Portanto, considera-se relevante esta pesquisa para quantificar e entender de que maneira estes atores utilizam os recursos naturais. A melhora da  qualidade de vida da população tradicional e do uso consciente e sustentável destes recursos, diante da complexidade de crescimento urbano da região. Trata-se de trazer estes atores sociais para uma participação efetiva de conservação deste ecossistema através da sensibilização e do entendimento que este meio ambiente representa e  trazê-los para a participação colaborativa da preservação da Unidade de Conservação da RBG. É relevante esta contribuição como agentes participativos, resgatando e\ou considerando sua percepção de lugar e território. 

Palavras-chave: Reserva Biológica de Guaratiba, População Tradicional, Território.

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Modalidade de apresentação: Escrita

PROJETO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS DE MANGUEZAL


PROJETO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS DE MANGUEZAL
Reserva Biológica Estadual de Guaratiba - RBG 
Bacia Hidrográfica da Baía de Sepetiba Rio de Janeiro/RJ

Delson de Queiroz; Renato Pimenta Esperanço.
ESSATI ENGENHARIA LTDA


Faça o download do Painel Digital: Painel Projeto de Recuperação do Manguezal 


ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DAS BRISAS COMO REFÚGIO DA VIDA SILVESTRE PARA A BIODIVERSIDADE DA BAÍA DE SEPETIBA

 ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DAS BRISAS COMO REFÚGIO DA VIDA SILVESTRE PARA A BIODIVERSIDADE DA BAÍA DE SEPETIBA


Gabriel Silva Guimarães1’2; Talita Nascimento de Morais12; Davi Barboza Brum Ferreira12; Mauro André dos Santos Pereira2.

1- Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

2- ONG Defensores do Planeta

E-mail: gabriel.stiveg@gmail.com


Resumo

A Área de Proteção Ambiental (APA) das Brisas, criada pela Lei Municipal 1.918 de 5 de outubro de 1992, é uma Unidade de Conservação (UC) de Uso Sustentável sob gestão do Município da Cidade do Rio de Janeiro, que se destaca no litoral da Baía de Sepetiba por seus atributos ecológicos, histórico-cultural e arqueológico. A APA das Brisas localiza-se no complexo costeiro de Sepetiba, mais especificamente localizada no bairro de Pedra de Guaratiba, na cidade do Rio de Janeiro, com área de 101,6 hectares, estando próxima a Reserva Biológica (REBIO) de Guaratiba. Apesar de compor o mosaico vegetacional dos ecossistemas costeiros da Baía de Sepetiba, muito pouco se sabe sobre as características ambientais da UC. Através de visitas técnicas mensais, está sendo elaborado o levantamento florístico e faunístico unicamente baseado em foto-identificação dos espécimes; além disso, foram utilizadas imagens de satélites para realização do geoprocessamento, visando a caracterização ambiental da UC. Foram identificadas três fitofisionomias pertencentes ao Bioma Floresta Atlântica. A fitofisionomia de Manguezal, facilmente encontrada ao longo da região costeira da Baía de Sepetiba e predominante na REBIO Guaratiba, ocupa 21,31 hectares da área, apresentando apicuns e sendo caracterizada por espécies como Avicennia schaueriana (Mangue-preto) e Laguncularia racemosa (Mangue-branco). A fitofisionomia de Restinga ocupa 26,2 hectares da área. A fitofisionomia de Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas, um dos últimos remanescentes florestais para o Município do Rio de Janeiro, ocupa 21,8 hectares da área. Juntas estas fitofisionomias representam 68,78% (69,51 hectares) da área total da APA das Brisas, denotando seu importante papel como mantenedora da biodiversidade, seus recursos genéticos e serviços ecossistêmicos. O percentual restante (31,22%) abrange as áreas antropizadas, incluindo propriedades particulares e áreas desflorestadas. De tal forma, a APA das Brisas apresenta múltiplos ecossistemas que servem de refúgio e provisão de recursos para muitas espécies da fauna e flora, com destaque para a presença de inúmeras aves migratórias e demais espécies associadas ao manguezal, como Procyon cancrivorus (mão-pelada), denotando a importância da UC para a conservação da vida silvestre.


Palavras-chave: APA das Brisas, Vida Silvestre, Conservação da Biodiversidade.

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Modalidade de apresentação: Vídeo




PAISAGENS DOS SAMBAQUIS: INVESTIGANDO O PRESENTE PARA ENTENDER O PASSADO

 PAISAGENS DOS SAMBAQUIS: INVESTIGANDO O PRESENTE PARA ENTENDER O PASSADO


Leonardo Waisman de Azevedo¹, Taís Cristina Jacinto Pinheiro Capucho¹, Leidiana Alves da Mota¹, Rúbia Graciele Patzlaff¹, Celia Helena Cezar Boyadjian¹, Rita Scheel-Ybert¹

1- Instituição: Laboratório de Arqueobotânica e Paisagem, Museu Nacional/UFRJ

E-mail: lap@mn.ufrj.br


Resumo

Sambaquis são monumentos funerários de populações que ocuparam a costa do Brasil entre pelo menos 8500 e 1000 anos BP. São construções monticulares feitas com conchas e sedimentos, que contém ossos de peixes, carvões, artefatos e centenas de sepultamentos humanos, em uma alternância complexa de camadas estratigráficas. Os Sambaquis foram construídos em ecótonos, onde se encontram a Restinga, o Mangue e a Mata Atlântica, entre o mar e grandes lagoas. Esse foi o ambiente no qual os sambaquianos viveram e onde construíram suas paisagens. Os ambientes vegetais são elementos chave para essas sociedades, e pesquisas arqueobotânicas foram cruciais para a compreensão do papel das plantas em suas vidas. Estudos revelaram informações sobre economia de combustíveis, práticas de manejo da paisagem e horticultura, indicando a grande importância das plantas na dieta e nas práticas rituais dessas dessas pessoas. O Laboratório de Arqueobotânica e Paisagem do Museu Nacional (LAP/MN) foi pioneiro nestas pesquisas.  Infelizmente, sua estrutura e coleções científicas foram perdidas no trágico incêndio que atingiu a instituição em 2018. O objetivo deste projeto é restabelecer as coleções de referência do LAP/MN, essenciais para a identificação de amostras arqueobotânicas e para a continuidade das pesquisas. As novas coleções serão montadas com base no conhecimento que o LAP/MN vem construindo há anos  sobre as paisagens sambaquianas, a partir  de espécies de Restinga, Mangue e Mata Atlântica. Coletas botânicas serão realizadas no Parque Estadual da Costa do Sol (RJ), área que possui uma alta concentração de Sambaquis e que abrange diferentes vegetações associadas a esse contexto. A expansão da área de estudo para a REBIO de Guaratiba, que tem características semelhantes, está sendo avaliada e seria uma contribuição importante. Esperamos poder retomar a capacidade investigativa do Museu Nacional na área e ampliar nosso conhecimento da relação dos sambaquianos com as plantas. Este trabalho é apoiado pela National Geographic Society e pela Pós-Graduação em Arqueologia do Museu Nacional.

Palavras-chave: Sambaquis, Arqueobotânica, Coleções de Referência, Restinga, Mata Atlântica.


A UTILIZAÇÃO DA AULA DE CAMPO APLICADA AO ESTUDO DO MANGUEZAL DE GUARATIBA: ESTUDO DE CASO NO CIEP ROBERTO BURLE MARX (PRIMEIRA SÉRIE DO ENSINO MÉDIO)

A UTILIZAÇÃO DA AULA DE CAMPO APLICADA AO ESTUDO DO MANGUEZAL DE GUARATIBA: ESTUDO DE CASO NO CIEP ROBERTO BURLE MARX (PRIMEIRA SÉRIE DO ENSINO MÉDIO)

Kátia Isabel Louzada Tostes¹; Wilson Messias dos Santos Junior²

1 - Departamento de Graduação em Geografia (UERJ)
E-mail: katiaisabel2@yahoo.com.br


Resumo

A pesquisa trouxe como objetivo geral estudar a importância da aplicação da aula de campo como ferramenta de estudo do ecossistema do Manguezal na Reserva Biológica de Guaratiba (RBG), no âmbito da Biogeografia, sendo direcionada aos alunos da primeira série do Ensino Médio, no CIEP Roberto Burle Marx, localizado no bairro de Guaratiba/RJ. Possuindo como objetivo estudar a relevância da aplicação da aula de campo no ambiente de vivência dos educandos considerando seus conhecimentos prévios e aplicando os conceitos da Geografia como Território, Lugar, Paisagem, Região e Cartografia. A pesquisa adotou metodologia de estudos de obras de autores conceituados na área como Helena Copetti Callai, Falcão e Pereira, Rogério Haesbaert, Yi Fu Tuan, Lívia de Oliveira, Eduardo Marandola e outros que constam na Referência Bibliográfica. Utilizou-se conversa informal e aplicação de questionários abertos com os alunos durante todo trabalho. Também se fez uso de relatos de moradores locais, questionários com os professores e responsáveis, bem como as aulas práticas da escola, embasando-se na pesquisa bibliográfica, que proporcionou a junção entre teoria e prática. A pesquisa obteve resultados positivos sensibilizando os educandos na compreensão e reflexão sobre o ensino de Geografia na RBG com a transversalidade da Educação Ambiental, os alunos obtiveram maiores conhecimentos sobre o Ecossistema manguezal, como sua localização geográfica, importância socioambiental, sua fragilidade e potencialidades. A pesquisa contou com a participação de 12 alunos, nos questionários abertos no pré-campo as respostas sobre o conhecimento da biogeografia do manguezal foram vagas demonstrando pouco conhecimento e sobre a importância da RBG, No questionário aplicado no pós-campo as respostas de um percentual expressivo dos alunos foram consideradas satisfatórias em relação ao conhecimento do manguezal e da importância em preservar a  RBG. O maior entendimento dos alunos quanto ao manguezal e um resgate à noção de pertencimento, sensibilizando-os a preservar e cuidar do manguezal, que passou a ser motivo de orgulho para estes atores sociais. Portanto, considerou-se pertinente esta pesquisa pela motivação aos alunos e profissionais da área para o entendimento da relevância do estudo da Biogeografia sobre Ecossistema Manguezal, revelando a importância de sua conservação, uso sustentável da zona de amortecimento e preservação da Unidade de Conservação RBG. Esta possibilidade deu-se através do estudo in situ da Educação Ambiental através da vivência que a aula de campo proporcionou.

 

Palavras-chave: Manguezal, Aula de Campo, Barra de Guaratiba, Educação Ambiental

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Modalidade de apresentação: Escrita

UMA COMPREENSÃO DOS EFEITOS SOCIOJURÍDICOS DA RESOLUÇÃO CONAMA 500/2020 PARA O TERRITÓRIO DA RESERVA BIOLÓGICA DE GUARATIBA

 UMA COMPREENSÃO DOS EFEITOS SOCIOJURÍDICOS DA RESOLUÇÃO CONAMA 500/2020 PARA O TERRITÓRIO DA RESERVA BIOLÓGICA DE GUARATIBA


Hellen Belo da Silva¹; Mirtha Dandara Baltar¹;

1- Comissão de Direito Ambiental da 29ª Subseção da OAB/RJ;

E-mail: hellenbelorj@gmail.com; mdandarab@hotmail.com

 

Resumo


O presente trabalho visa refletir sobre as inconstitucionalidades encontradas no processo que resultou na aprovação da Resolução CONAMA nº 500 de 2020 e os reflexos da manutenção desta para o território da Reserva Biológica de Guaratiba (RBG). Este que possui a maior extensão de vegetação de mangue do Estado do Rio de Janeiro e abriga várias espécies ameaçadas de extinção. Nesse sentido, vale notar que, entre os objetivos traçados, estão o de perceber os discursos jurídicos concorrentes, especialmente ao que se refere a proteção ou não dos manguezais, nos documentos oficiais aqui apontados. Nessa arena jurídica, vamos perseguir o dito e o não dito sobre a proteção desse importante bioma brasileiro que presta inúmeros serviços ambientais, como o de sequestro de carbono. Para esta pesquisa, vamos considerar os documentos oficiais presentes nos processos judiciais, referentes ao imbróglio que disputa a manutenção das Resoluções CONAMA nº 302 e nº 303, desde aquela que contesta a constitucionalidade da formação do Conselho Nacional do Meio Ambiente no Supremo Tribunal Federal, que teve o seu número de conselheiros reduzidos desde o início do ano. Até o fechamento deste trabalho, vigora uma liminar que suspende os efeitos da Resolução 500/2020. Nesse cabo de força, a compreensão do poder é uma dimensão importante, a judicialização dessa questão política, amplia os poderes do poder judiciário e põe em evidência o problema de cidadania substantiva no Brasil. Tomando a percepção como categoria de análise, desde que as autoras passaram a acompanhar as atividades da RBG, de outubro de 2019 até o presente momento, percebemos nos discursos dos encontros do Conselho Consultivo uma preocupação constante com a pressão imobiliária sobre o território dessa unidade de conservação de proteção permanente, onde só são permitidas a pesquisa científica e as atividades de educação ambiental, mesmo com as resoluções em vigor. Desse modo, se confirmada a revogação das Resoluções nº 302 e 303, uma questão que pretendemos nos debruçar é se a revogação destas resoluções causaria um aumento das ocupações irregulares ou não. 


Palavras-chave: Res.500/2020, discursos, poder, manguezais, RBG.

VIVÊNCIAS DE ECOTURISMO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA FLORESTA TROPICAL SECA BRASILEIRA

 VIVÊNCIAS DE ECOTURISMO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA FLORESTA TROPICAL SECA BRASILEIRA

Antonio Jeovani Carvalho Ferreira1

1- Universidade Estadual do Ceará (UECE)

E-mail: antonio.jeovani@aluno.uece.br


Resumo

Este trabalho possui o objetivo de fazer um relato de experiência das conduções de visitantes por meio de atividades de visitação em uma Unidade de Conservação (UC) na categoria Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). Esta experiência aconteceu na RPPN Reserva Natural Serra das Almas (RNSA) localizada entre os municípios de Crateús-CE e Buriti dos Montes-PI. Foi criada no ano de 2000 pela Organização Não-Governamental Associação Caatinga, com o propósito de conservar uma área de caatinga de grande relevância ambiental e possui no momento mais de 6.000 hectares. As principais atividades realizadas na RNSA para visitantes são a Educação Ambiental, ecoturismo e turismo. Essas visitas são acompanhadas por condutores de visitantes que moram no entorno da RNSA. A preparação dos mesmos aconteceu por meio de treinamentos sobre turismo, Educação Ambiental, Caatinga, história do lugar e dentre outros aspectos, com o intuito de atuarem nesta UC. As vivências deste relato de experiência aconteceram durante os anos de 2016 a 2019 com o acompanhamento de diferentes públicos como crianças, adolescentes, jovens adultos, adultos, idosos e grupos mistos. Vale ressaltar, que foram recebidas visitas de turmas dos diferentes níveis da educação básica, cursos de graduação, cursos técnicos, reportagem sobre turismo na região, procura por lazer, observação de aves, dentre outros. Uma característica importante da maioria dessas visitas foi o interesse em ter aulas de campo num local de Caatinga bastante conservada ou conhecer a UC por apresentar esses aspectos. Pois, com mais de 15 anos a área não passou por nenhuma alteração drástica e é possível observar inúmeros atrativos em conjunto com as condições ambientais locais. As diferentes paisagens do bioma local, diversas plantas, inúmeros animais e seus vestígios. Dessa forma, a realização de atividades de ecoturismo na RNSA é uma oportunidade de conhecer a Caatinga e torná-la visível para os brasileiros. Com isso, percebe-se, que a soma das atividades e atrativos mencionados são de grande relevância para serem desenvolvidas ações de Educação Ambiental. Em especial voltadas para minimizar os impactos proporcionados pela invisibilidade sobre o ecossistema caatingueiro, na visão da população, e estimular a conscientização dos brasileiros da importância da conservação ambiental.

Palavras-chave: Biodiversidade, Preservação, Semiárido.

Apoio institucional: ONG Associação Caatinga.


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Modalidade de apresentação: Vídeo (não enviado pelo autor)

UTILIZAÇÃO DE LASER SCANNER TERRESTRE PARA FITOSSOCIOLOGIA EM MANGUEZAIS

 UTILIZAÇÃO DE LASER SCANNER TERRESTRE PARA FITOSSOCIOLOGIA EM MANGUEZAIS


SILVA D.A.¹; JOSÉ N.O.R.¹; CHAVES, F.O.¹; SOARES, M.L.¹; FONSECA, L. G.² 

1– Núcleo de Estudos em Manguezais (NEMA), Departamento de Oceanografia Biológica, Faculdade de Oceanografia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

2– Departamento de Mecânica Aplicada e Computacional, Faculdade de Engenharia, Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

E-mail: nararodrigues@yahoo.com.br


Resumo

A importância de estudos fitossociológicos está na caracterização das florestas e avaliações sobre como elas se desenvolvem de acordo com as condições ambientais.  A fitossociologia em manguezais é realizada por método clássico há mais de 30 anos, obtendo parâmetros estruturais das espécies, em um trabalho em campo demorado, cansativo e custoso. A complexidade do espaço ocupado e modificado pela arquitetura dessas espécies representa também um desafio ao trabalho nesse ecossistema. O objetivo desta pesquisa foi determinar e validar uma nova metodologia de medição fitossociológica por meio da leitura terrestre a laser e com o uso de algoritmos específicos desenvolvidos em parceria com a UFJF. O estudo foi realizado em parcela permanente de franja no manguezal da Reserva Biológica Estadual de Guaratiba, que são mantidas pelo NEMA desde 2003. O parâmetro estrutural testado foi o diâmetro à altura do peito (DAP). A comparação estatística dos valores de DAP reais (medidos manualmente em campo) com os valores de DAP computacionais apresentou 24,6% dos indivíduos com média de erros de 5,16% (alta aproximação dos dois valores) e desvio padrão de 4,76%. 75,4% apresentaram média de erros de 34,64% e desvio padrão de 71,71%. Para os erros maiores foram analisadas as possíveis causas, constatando problemas de 4 tipos: 1. Nuvem de pontos, 2. Deformação do tronco, 3. Altura do DAP em relação ao solo e 4. Problema não identificado. A relação entre as causas e as espécies escaneadas apresentou, para Avicennia schaueriana, 71% do tipo 2 e 29% do tipo 3, e para Rizophora mangle, 49% apresentaram o tipo 3, 37% o tipo 2 e 14% o tipo 4. A metodologia é considerada promissora devido aos resultados satisfatórios, já os não satisfatórios estão atribuídos às variações de plasticidade vegetal apresentada pelos indivíduos. Isso ocorre segundo as configurações das condições ambientais encontradas neste ecossistema, situação em que é necessário um ajuste na metodologia. O método não é prejudicial à floresta e é vantajoso na obtenção da maior precisão dos dados em menor tempo, abrindo novas possibilidades de interpretação 3D de manguezais.


Palavras-chaves: Manguezal, metodologia, DAP, laser.


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Modalidade de apresentação: Escrita

ANÁLISE HISTÓRICA DA DINÂMICA DE COLONIZAÇÃO DAS PLANÍCIES HIPERSALINAS DA RESERVA BIOLÓGICA ESTADUAL DE GUARATIBA (RIO DE JANEIRO)

 ANÁLISE HISTÓRICA DA DINÂMICA DE COLONIZAÇÃO DAS PLANÍCIES HIPERSALINAS DA RESERVA BIOLÓGICA ESTADUAL DE GUARATIBA (RIO DE JANEIRO)


Marciel Rocha de Medeiros Estevam1; Viviane Fernandez2,3;Michelle Passos Araújo¹,³; BrunnaTomaino de Souza¹,³; Breno Henrique de Souza; Camila Patricio de Oliveira³; Raquel Vidal dos Santos Leopoldo³; Tatiane Costa da Matta³; Daniela Alvim Silva³; Fabiane Barbosa da Silva³; Nara de Oliveira Rodrigues José ³; Vitoria Alcântara Guedes do Amaral³; Alan Andrade dos Santos³; Bruno dos Santos Barreto³; Filipe de Oliveira Chaves³; Mário Luiz Gomes Soares³

1- Instituto Marinho para o Equilíbrio Socioambiental – Instituto Marés

2- Departamento de Análise Geoambiental, Universidade Federal Fluminense - UFF

3- Núcleo de Estudos em Manguezais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – NEMA/ UERJ

E-mail: marciel.estevam@gmail.com


Resumo

Os manguezais são ecossistemas altamente dinâmicos que podem responder a diversos processos, tais como regime hidrológico, mudanças de temperatura e nível do mar. Como plantas halófitas, suas distribuições estão sujeitas a variabilidade da salinidade ao longo do estuário. As planícies hipersalinas são feições que ocorrem em diversos manguezais no mundo submetidos a climas seco ou sazonalmente secos. No presente estudo foi realizada análise de dados históricos do processo de colonização das planícies hipersalinas de Guaratiba por espécies de mangue em duas áreas: I - Rio Piracão (1998-2014) e II - Baía de Sepetiba (2000-2014). Foram determinadas parcelas justapostas desde a ultima faixa de floresta até onde era percebida a presença de plantas na planície hipersalina, totalizando inicialmente 6 para Área I e 4 para a Área II. As plantas no interior das parcelas foram identificadas e marcadas, novas plantas recebiam o mesmo tratamento. Durante o monitoramento anual quando novas plantas foram observadas para além das parcelas iniciais, novas parcelas foram demarcadas e monitoradas. Novas parcelas foram demarcadas em 2000, 2004, 2006, 2009, 2011, 2012, 2013 e 2014. A partir destes dados foi possível observar que o processo de colonização encontra-se em curso e resulta de dois processos concomitantes: expansão das florestas pela colonização das planícies hipersalinas (marcação de novas parcelas de monitoramento) e consolidação destas florestas através do desenvolvimento estrutural das faixas de colonização (mudança de estágio nas parcelas mais internas e mais antigas em ambas as áreas). A colonização de novas áreas de planícies hipersalinas estaria associada a períodos de menor rigor ambiental (principalmente redução de salinidade), períodos que favoreceriam o desenvolvimento dos indivíduos, bem como na reprodução e dispersão dos propágulos. Inicialmente a colonização na Área I ocupava faixa de 33 m e na Área II 40 m. Após 17 anos de monitoramento foi registrado o crescimento de 78 m de colonização na Área I e 80 m na Área II, totalizando respectivamente 111 m (19 parcelas) e 120 m(12 parcelas) de área em colonização monitorada. Os resultados demonstram haver fatores que influenciam na velocidade destes processos, como relações hídrico-salinas, herbivoria (ciclos de pragas) e eventos climáticos.


Palavras-chave: Sucessão Ecológica, Monitoramento, Apicum.

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Modalidade de apresentação: Escrita

VARIABILIDADE ESPAÇO-TEMPORAL DA SALINIDADE DA ÁGUA INTERSTICIAL DOS MANGUEZAIS DA REGIÃO DE GUARATIBA (RIO DE JANEIRO)

 VARIABILIDADE ESPAÇO-TEMPORAL DA SALINIDADE DA ÁGUA INTERSTICIAL DOS MANGUEZAIS DA REGIÃO DE GUARATIBA (RIO DE JANEIRO)


Marciel Rocha de Medeiros Estevam1; BrunnaTomaino de Souza¹,²; Michelle Passos Araújo¹,²; Carolina dos Santos Cardoso¹,²; Breno Henrique de Souza; Filipe de Oliveira Chaves2; Mário Luiz Gomes Soares²

1- Instituto Marinho para o Equilíbrio Socioambiental – Instituto Marés

2- Núcleo de Estudos em Manguezais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – NEMA/UERJ

E-mail: marciel.estevam@gmail.com


Resumo

Conhecer a fisioquímica do substrato é importante para entender a dinâmica dos manguezais. Frequentemente as espécies vegetais ocupam zonas paralelas à linha de costa e/ou outro corpo hídrico. Esta distribuição associada a fatores locais determinam os tipos fisiográficos e zonação das espécies. Clima seco ou sazonalmente seco, associado a variações na frequência de inundação pelas marés, determinam a ocorrência de planícies hipersalinas. Para analisar o comportamento da salinidade no gradiente de inundação pelas marés em Guaratiba, foram determinadas estações de amostragens distribuídas em dois transectos desde o corpo hídrico até a parte superior da planície de maré: T1 – Rio Piracão (2 franjas, 3 bacias, 3 transição e 4 planície hipersalina) e T2 – Baía de Sepetiba (2 franjas, 5 bacias, 2 transição e 3 planície hipersalina). Cada estação possui três tubos de PVC de 2pol e 60cm com furos na base. O monitoramento consistiu em medições trimestrais da salinidade da água presente nos tubos. T1 foi iniciado em 1996 e T2 em 2001, ambos monitorados até 2016. A salinidade variou de 20,8 ±5,6 a 103,2 ±8,6 em T1 e de 39,3 ±4,1 a 127,7 ±12,5 em T2, mostrando gradiente significativo de aumento no sentido franja-planície hipersalina (franja<bacia<transição<planície hipersalina). A salinidade apresentou comportamentos distintos entre transectos e zonas. Franja e bacia de T1 apresentaram tendência linear de elevação da salinidade, fato não observado para franja de T2. Bacia de T2 registrou elevação em 2 pontos, redução em 1 e sem tendência em 2. Transição de T1 apenas o ponto mais próximo à floresta apresentou tendência significativa de aumento, enquanto em T2 o ponto mais interno à floresta apresentou redução e o mais externo elevação. Um ponto da planície hipersalina de T1 apresentou tendência de redução e em T2 ambos os pontos apresentaram redução. Anão significância nas tendências lineares pode estar associada à presença de ciclos climáticos (aumento/redução de chuvas). Alterações na salinidade e tendências de redução nos pontos de transição e planície hipersalina levam à amenização do rigor salino nestas zonas que favorecem a colonização por espécies de mangue em áreas antes desprovidas de vegetação (planície hipersalina).


Palavras-chave: Florestas de Mangue, Planície Hipersalina, Apicum, Zonação, Planície de Maré.

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APLICAÇÃO DA TRANSFORMADA DE ONDALETA PARA ANÁLISE DO BALANÇO HÍDRICO CLIMATOLÓGICO DA REGIÃO DE GUARATIBA (RIO DE JANEIRO)

APLICAÇÃO DA TRANSFORMADA DE ONDALETA PARA ANÁLISE DO BALANÇO HÍDRICO CLIMATOLÓGICO DA REGIÃO DE GUARATIBA (RIO DE JANEIRO)


Marciel Rocha de Medeiros Estevam1; Alexandre Macedo Fernandes2; Mario Luíz Gomes Soares³

1- Instituto Marinho para o Equilíbrio Socioambiental – Instituto Marés

2- Departamento de Oceanografia Física da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – DOF/UERJ

3- Núcleo de Estudos em Manguezais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – NEMA/UERJ

E-mail: marciel.estevam@gmail.com


Resumo

O clima no sudeste brasileiro é controlado pelo relevo, frentes polares e sistemas convectivos. Mudanças climáticas alteraram o regime hidrológico levando a alterações nas comunidades biológicas. Precipitação e temperatura da Estação Meteorológica da Marambaia foram base para calcular o balanço hídrico climatológico de Thornthwaite para Guaratiba (1985-2016), resultando nos parâmetros: evapotranspiração, armazenamento, excedente, déficit e balanço hídrico sequencial (BHS). Posteriormente foi aplicado o método Ondaletas (“wavelets”, do inglês) para identificação de ciclos. O mesmo foi realizado para índices NOAA: Índice Multivariado El Niño (IME - série de 69anos), Índice Oscilação Sul (IOS – série de 68anos) e El Niño (série de 37anos). Método Ondaletas foi aplicado para caracterizar frequências de ciclos nos índices NOAA e nos parâmetros climáticos de Guaratiba, identificando nas séries à periodicidade destes ciclos. Guaratiba registrou sazonalidade em todos os parâmetros (1,0-1,2anos), observado para IME, IOS e El Niño. Picos de grande intensidade ocorreram em ciclos de 1,7-2,6anos. Todos os índices NOAA registraram ciclos de 3,5-3,7anos, como precipitação, temperatura e evapotranspiração. Excedente, armazenamento e BHS registraram ciclos de 5,5anos, similar ao El Niño (5,7anos) e inferior a IME (6,5anos) e IOS (6,6anos). Na análise de ondaleta, precipitação, temperatura e evapotranspiração apresentaram maiores potências globais para períodos de 1ano (intenso entre 2007-2010). Armazenamento pouco intenso em 1ano, principalmente nos períodos 1986-1988 e 1992-1995. Déficit e BHS apresentaram intensidades elevadas para 1ano, principalmente nos períodos 1987-1989, 1992-1994, 1998-2000 e 2012-2013. Excedente registrou valores entre 2-2,6anos (entre 1996-1999). IME e IOS apresentaram similaridades como picos de 5anos esparsos, mais intensos em: 1972-1973, 1983-1988 e 1997-1998. IOS registrou ciclos de 2,5anos. Já El Niño apresentou ciclos de 1,5-2anos e de 5,5anos, similar a IME e IOS. Maiores variâncias foram frequentes entre 1996-1998 para todos. São observados períodos não significativos para Guaratiba: 5-6 e 10-12anos, e nos índices NOAA: El Niño - 10anos, IME e IOS – 12anos, IOS - 34 e 42anos e IME – 47anos. Guaratiba apresentou intensa sazonalidade (ciclos de 1-1,2anos). Variabilidade interanual foi observada para precipitação, armazenamento, déficit e BHS (2,4-2,6anos) e quinquenal/sexenal (5,3/6,4anos) para armazenamento, déficit, excedente e BHS. Ciclos observados em Guaratiba corroboram influência de eventos globais na região.


Palavras-chave: Balanço Hídrico Climatológico, Regime Hidrológico, Mudanças Climáticas, Análise Espectral.


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