2º Encontro Científico RBG

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ANÁLISE HISTÓRICA DA DINÂMICA DE COLONIZAÇÃO DAS PLANÍCIES HIPERSALINAS DA RESERVA BIOLÓGICA ESTADUAL DE GUARATIBA (RIO DE JANEIRO)

 ANÁLISE HISTÓRICA DA DINÂMICA DE COLONIZAÇÃO DAS PLANÍCIES HIPERSALINAS DA RESERVA BIOLÓGICA ESTADUAL DE GUARATIBA (RIO DE JANEIRO)


Marciel Rocha de Medeiros Estevam1; Viviane Fernandez2,3;Michelle Passos Araújo¹,³; BrunnaTomaino de Souza¹,³; Breno Henrique de Souza; Camila Patricio de Oliveira³; Raquel Vidal dos Santos Leopoldo³; Tatiane Costa da Matta³; Daniela Alvim Silva³; Fabiane Barbosa da Silva³; Nara de Oliveira Rodrigues José ³; Vitoria Alcântara Guedes do Amaral³; Alan Andrade dos Santos³; Bruno dos Santos Barreto³; Filipe de Oliveira Chaves³; Mário Luiz Gomes Soares³

1- Instituto Marinho para o Equilíbrio Socioambiental – Instituto Marés

2- Departamento de Análise Geoambiental, Universidade Federal Fluminense - UFF

3- Núcleo de Estudos em Manguezais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – NEMA/ UERJ

E-mail: marciel.estevam@gmail.com


Resumo

Os manguezais são ecossistemas altamente dinâmicos que podem responder a diversos processos, tais como regime hidrológico, mudanças de temperatura e nível do mar. Como plantas halófitas, suas distribuições estão sujeitas a variabilidade da salinidade ao longo do estuário. As planícies hipersalinas são feições que ocorrem em diversos manguezais no mundo submetidos a climas seco ou sazonalmente secos. No presente estudo foi realizada análise de dados históricos do processo de colonização das planícies hipersalinas de Guaratiba por espécies de mangue em duas áreas: I - Rio Piracão (1998-2014) e II - Baía de Sepetiba (2000-2014). Foram determinadas parcelas justapostas desde a ultima faixa de floresta até onde era percebida a presença de plantas na planície hipersalina, totalizando inicialmente 6 para Área I e 4 para a Área II. As plantas no interior das parcelas foram identificadas e marcadas, novas plantas recebiam o mesmo tratamento. Durante o monitoramento anual quando novas plantas foram observadas para além das parcelas iniciais, novas parcelas foram demarcadas e monitoradas. Novas parcelas foram demarcadas em 2000, 2004, 2006, 2009, 2011, 2012, 2013 e 2014. A partir destes dados foi possível observar que o processo de colonização encontra-se em curso e resulta de dois processos concomitantes: expansão das florestas pela colonização das planícies hipersalinas (marcação de novas parcelas de monitoramento) e consolidação destas florestas através do desenvolvimento estrutural das faixas de colonização (mudança de estágio nas parcelas mais internas e mais antigas em ambas as áreas). A colonização de novas áreas de planícies hipersalinas estaria associada a períodos de menor rigor ambiental (principalmente redução de salinidade), períodos que favoreceriam o desenvolvimento dos indivíduos, bem como na reprodução e dispersão dos propágulos. Inicialmente a colonização na Área I ocupava faixa de 33 m e na Área II 40 m. Após 17 anos de monitoramento foi registrado o crescimento de 78 m de colonização na Área I e 80 m na Área II, totalizando respectivamente 111 m (19 parcelas) e 120 m(12 parcelas) de área em colonização monitorada. Os resultados demonstram haver fatores que influenciam na velocidade destes processos, como relações hídrico-salinas, herbivoria (ciclos de pragas) e eventos climáticos.


Palavras-chave: Sucessão Ecológica, Monitoramento, Apicum.

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Modalidade de apresentação: Escrita

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